quinta-feira, agosto 16, 2012

Madagascar 3, de Eric Darnell, Tom McGrath e Conrad Vernon **


Das franquias atuais de animações para o cinema, “Madagascar” talvez seja uma das mais inconsistentes. As tramas dos respectivos filmes não apresentam uma unidade temática em termos de situações interessantes e personagens bem desenvolvidos, bem distante, por exemplo, das produções da série “Toy Story”. É mais um acúmulo de cenas engraçadas, com algumas citações pop. Tanto isso é evidente que a conclusão dessa terceira parte, no sentido de coerência do roteiro, não se mostra em sintonia com os filmes anteriores: nas duas primeiras partes, os animais fazem tudo para voltar para casa, com saudade do conforto de suas jaulas no zoológico em Nova Iorque, para nessa terceira parte concluírem que é melhor ser livre. Ora, então isso quer dizer que os filmes anteriores não podem ser entendidos como obra fechada? Provavelmente o público infanto-juvenil pouco ligue para essa anemia criativa do desenho e vá encher as salas de cinema. E é claro que visualmente “Madagascar 3” (2012) é competente no seu grafismo. No contexto geral, contudo, é um filme pouco memorável no sentido de causar impacto para a platéia.

Nenhum comentário: