Das franquias atuais de animações para o cinema, “Madagascar”
talvez seja uma das mais inconsistentes. As tramas dos respectivos filmes não
apresentam uma unidade temática em termos de situações interessantes e
personagens bem desenvolvidos, bem distante, por exemplo, das produções da série
“Toy Story”. É mais um acúmulo de cenas engraçadas, com algumas citações pop. Tanto
isso é evidente que a conclusão dessa terceira parte, no sentido de coerência
do roteiro, não se mostra em sintonia com os filmes anteriores: nas duas primeiras
partes, os animais fazem tudo para voltar para casa, com saudade do conforto de
suas jaulas no zoológico em Nova Iorque, para nessa terceira parte concluírem
que é melhor ser livre. Ora, então isso quer dizer que os filmes anteriores não
podem ser entendidos como obra fechada? Provavelmente o público infanto-juvenil
pouco ligue para essa anemia criativa do desenho e vá encher as salas de
cinema. E é claro que visualmente “Madagascar 3” (2012) é competente no seu
grafismo. No contexto geral, contudo, é um filme pouco memorável no sentido de
causar impacto para a platéia.
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