sexta-feira, janeiro 25, 2013

Celeste e Jesse para sempre, de Lee Toland Krieger **1/2


É provável que vocês, leitores desta resenha, já tenham visto recentemente uma ou mais produção parecida, a partir de alguns elementos recorrentes – trama a retratar de uma perspectiva realista o término de um relacionamento, referências à cultura pop, trilha sonora repleta de temas de caráter alternativo (ou indie, para os mais moderninhos). Por mais formulaica que possa parecer tal receita, é inegável que esses filmes acabam ganhando um público cativo, principalmente pelo fator da identificação que cria com a platéia. Dentro desse contexto, “Celeste e Jessé para sempre” (2012) atende a essas expectativas, mas não vai muito além disso. Por vezes, o drama do seu casal de protagonistas consegue atingir um certo tom pungente ao enfatizar o aspecto doloroso de uma relação que está se desfazendo. Mas em termos formais, não há maiores atrativos na narrativa – a diretora Lee Toland Krieger mais se preocupa em contar direitinho a sua história, sem maiores arroubos. O roteiro, entretanto, é o ponto mais incômodo: obedece em demasia a um padrão esquemático e pouco sutil, resvalando num equivocado e óbvio simbolismo.

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