quinta-feira, janeiro 17, 2013

Stan Lee: Mutantes, monstros e quadrinhos, de Scott Zakarin **1/2


Em termos formais, “Stan Lee: Mutantes, monstros e quadrinhos” (2002) é um documentário que não traz ousadias formais, obedecendo a uma estrutura convencional na sua estrutura narrativa de ficar centrado nos depoimentos do veterano roteirista de quadrinhos. Mas a verdade é que o público desse filme não o verá na expectativa de assistir a experiências estéticas ou afins – o que se quer mesmo é ver o velho Stan falar. E dentro desse objetivo, a produção mais do que cumpre seus objetivos. Stan Lee mistura didatismo, bom humor e paixão ao dissecar tanto sua trajetória profissional como a gênese e o desenvolvimento de suas principais criações (Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Thor, Hulk, X-Men, entre outros). Ele sabe muito bem do potencial de tais personagens e explicita as razões do seu sucesso – por mais poderosos que tais super-heróis possam ser, no seu âmago eles sempre trarão alguma espécie de fragilidade que os torna tão humanos a ponto de criarem uma forte identificação com o público leitor. Além disso, o filme consegue oferecer uma visão bastante realista do impacto mercadológico e cultural que o universo concebido por Stan Lee causou no mundo dos quadrinhos. O diretor Scott Zakarin também acerta ao escolher como entrevistador de seu protagonista o cineasta Kevin Smith, um emérito fissurado por HQs e que consegue extrair de seu entrevistado uma série de informações fascinantes. Ou seja, para os apreciadores de “comics” e cultura popular em geral, “Stan Lee: Mutantes, monstros e quadrinhos” acaba se configurando como um programa obrigatório.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Os fãs de HQ, não importa de qual gênero, ficaram de luto quando o velhinho Stan ir dessa para melhor, pois cá para nos, foi ele que deu mais humanidade nas tramas de super heróis.