A estética apresentada nas duas primeiras partes da franquia
“Atividade paranormal” já havia apresentado um desgaste. Não daria para
simplesmente apostar na mesma fórmula nas produções seguintes. Os diretores
Henry Joost e Ariel Schulman tiveram essa percepção e em “Atividade paranormal
3” (2011) apresentaram algumas novidades saudáveis para a série. Apesar de
ainda utilizar aquele formato de falso vídeo amador, com predomínio exclusivo
de uma câmera subjetiva, o filme demonstrava um apuro formal mais cuidadoso,
assim como buscava estabelecer uma trama mais consistente em seus elementos
dramáticos. O resultado foi o melhor filme disparado da série. Joost e Schulman
adotaram essa mesma abordagem em “Atividade
paranormal 4” (2012). Apesar do resultado não ser tão animador quanto na
produção anterior, é inegável que a dupla de cineastas conseguiu estabelecer um
padrão de qualidade razoável, afastando um pouco daquela pecha de mera
curiosidade marqueteira que fazia a má fama da série. Se bem que se pode ficar
com aquela impressão que certos detalhes de roteiros e a própria qualidade das
trucagens poderiam ter sido melhor aproveitados ou trabalhados.
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