É claro que por ser obra do cineasta que dirigiu “Os
suspeitos” (1994) e “X-Men 2” (2003) um filme como “Jack – O caçador de
gigantes” (2013) pode parecer decepcionante. É inegável, entretanto, que essa
produção mais recente de Bryan Singer traga alguns méritos expressivos. A
começar pelo ótimo design visual e as trucagens de algumas cenas. A concepção
gráfica dos gigantes é o ponto alto do filme – asquerosos e assustadores na
medida certa, acabam se justificando como a grande atração em cena. O que
incomoda no filme é que a estrutura narrativa não acompanha a contundência
visual de seus protagonistas monstruosos.
Faltam mais cenas de ação para que se aproveitasse devidamente o potencial
criativo que as figuras dos gigantes representam. O fato da produção ser
destinada a um público mais infanto-juvenil também contribui para uma certa assepsia
estética: poderia haver mais sangue e brutalidade nas seqüências de aventura e
violência. Apesar de tais ressalvas, no saldo final dá para dizer que “Jack” é
boa diversão escapista, bem acima, por exemplo, daquela versão insossa e sem
pegada do homem-de-aço de Singer em “Superman – O retorno” (2006).
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