Dentro do gênero da ficção científica, “Oblivion” (2013) não
chega a trazer nada de exatamente novo. O filme recicla muito de alguns
preceitos temáticos já bastante utilizados em outras produções do estilo. Mesmo
assim, é uma obra que surpreende por apresentar esmero estético e criatividade
na sua concepção visual, que chega até a lembrar por alguns momentos o grafismo
dos quadrinhos europeus da “Metal Hurlant” (aquele visual de uma Lua despedaçada
é de ficar colado no nosso imaginário por um bom tempo), e por uma atmosfera
constante de tensão. Nesse último ponto, isso é valorizado pelo fato de que quase
metade da trama traz o protagonista Jack
Harper (Tom Cruise) sozinho em cena, percorrendo um planeta Terra devastado por
desastres naturais e bombas nucleares. O filme até surpreende por um tom
reflexivo e intimista, o que também possibilita uma caracterização mais
aprofundada do personagem principal. Isso não quer dizer que o diretor Joseph
Kosinski esqueça que “Oblivion” é na sua essência uma aventura – há boas seqüências
de ação, ainda que por vezes um tanto genéricas.
Um comentário:
Se for resumir o filme, é tudo que LUNAR seria caso tivesse um grande orçamento.
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