É até admirável a tremenda cara de pau do diretor Justin Lin
e roteiristas e produtores de “Velozes e furiosos 6” (2013): o filme é
escancaradamente descerebrado, sexista, preconceituoso, ufanista, mal atuado.
Só que tudo é tão exagerado e caricatural que a obra beira o surreal. As cenas
de ação, por exemplo, não só desafiam as leis da física como no faz imaginar Dominic
Toretto (Vin Diesel) e seus asseclas são superdotados
– afinal, as coreografias de violência e ação em que se envolvem exigiriam uma
rapidez de pensamento excepcional para poder calcular saltos e demais
acrobacias. Convenhamos: exigir coerência, originalidade, sensibilidade e
inteligência da franquia é meio exagerado. O negócio aqui é ação desenfreada,
explosões e perseguições automobilísticas com super carrões e nisso Lin
caprichou. Dos filmes da franquia, esse é o exemplar que mais extrapola a
verossimilhança, chegando ao limite do cartunesco tamanho o absurdo das encenações
de Lin, tanto que os carros competem até com tanques de guerra e aviões em
algumas sequências. É entretenimento brutal e escapista, mas efetivamente
divertido.
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