Numa dessas coincidências típicas de Hollywood, calhou que
em 2013 aparecessem duas produções grandiosas a retratar a Casa Branca sendo atacada
e parcialmente destruída. As próprias tramas, inclusive, são muito parecidas
entre si: basicamente, o presidente dos Estados Unidos tem a sua guarda
massacrada e sua única tábua de salvação é um agente desacreditado e sagaz. “Ataque
à Casa Branca”, de Antoine Fuqua, já comentado neste blog, resgata a estética
oitentista no gênero ação, caprichando na violência e na grafismo
sanguinolento. Este “O ataque”, de Roland Emmerich, apesar de bastante
barulhento e movimentado, é mais politicamente correto e asséptico na sua
brutalidade, além de sua veia patriótica ser bem mais exacerbada. É quase como
uma produção da franquia Rambo que pudesse ser visto por toda a família. Assim,
no saldo final, Fuqua acabou se saindo bem melhor que o seu colega Emmerich:
seu filme é bem mais casca grossa e sincero, além de melhor resolvido no seu
formalismo.
Um comentário:
Filme com cara dos anos 80, que tivesse sido lançado naquela épora, faria então mais sucesso.
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