sexta-feira, outubro 04, 2013

Casa da mãe Joana 2, de Hugo Carvana *1/2


Não tem como escapar do típico clichê da crítica cinematográfica: de tão capenga, “Casa da mãe Joana 2” (2013) até consegue ser engraçado. O diretor Hugo Carvana já é veterano no cinema brasileiro, então não dá para dizer que desaprendeu a fazer filmes. O que acontece que é o seu estilo soa datado e pouco fluente, fazendo com que a produção tenha a aparência de algum sketch do “Zorra total” alongado, ainda que filtrado por um nostálgico bom humor carioca. É provável que Carvana e equipe tenham se divertindo na realização, pois a impressão é que não há rigor na direção. Tudo é muito solto, como um trem desgovernado, dependendo muito mais de alguma boa intervenção dos atores. O trio de protagonistas composto por José Wilker, Paulo Betti e Antônio Pedro está longe de ser inexpressivo, mas a ausência de um direcionamento mais específico resulta em atuações caricaturais em excesso. No final das contas, a narrativa frouxa e desajeitada dá um aspecto mambembe para tudo, o que não deixa de angariar alguma simpatia para o espectador no meio de todas essas comédias assépticas globais que grassam nos nossos cinemas. Impede, porém, de que “Casa da mãe Joana 2” seja uma obra memorável.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Nesse ano o cinema brasileiro teve filmes muitos melhores do que esse ai. Cito bons exemplo como Elena, Esse Amor que nos consome e Boa Sorte Meu Amor.