Por mais que o diretor Justin Zackham diga ter usado no
roteiro memórias pessoais e tenha um pretenso verniz de ousadia temática
(afinal se fala em adultério, homossexualismo, hipocrisia religiosa), a verdade
é que “O casamento do ano” (2013) é uma obra destituída de ousadia e
personalidade. Tudo no filme cheira a naftalina – da trama superficial de teor
edificante à abordagem formal de Zackham, que abusa de uma estética cartão-postal.
Com alguma boa vontade, dá para salvar as atuações carismáticas de Robert De
Niro, Diane Keaton e Susan Sarandon, ainda que em relação a isso se tenha uma
certa sensação de melancolia em pensar que eles já participaram de produções
mais criativas e contundentes.
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