Para quem conhece e admira o ator Luis Fernando Guimarães
pelo seu trabalho marcante em momentos chaves da comédia nacional como o
irreverente grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e o ácido programa
televisivo oitentista TV Pirata, chega a ser constrangedor vê-lo participando
de uma produção tão inócua, tosca e babaca como “Se puder... dirija!” (2012). Pense
no programa cômico mais sem graça da atual programação da televisão brasileira
e imagine isso formatado num filme de uma hora e meia (e que parece que tem o
dobro do seu tempo), mas com a pretensão de trazer uma lição de moral
edificante. E o pior é que nem dá para dizer que de tão ruim chega a ser
engraçado. Não, pelo contrário: de tão mambembe, o filme é chato de uma forma
excruciante. Basicamente, o filme aparente ser a reunião de sketches humorísticos
reunidos num fio de história. Não há unidade na narrativa, a encenação é
desajeitada e o elenco está no piloto automático (com o “bônus” de contar com a
pior interpretação infantil dos últimos anos). Ah, talvez essa ostensiva falta
de inspiração e competência podia ser apenas pressuposto para o uso da
tecnologia 3D, mas a trucagem passa praticamente desapercebida. Ou seja, “Se
puder... dirija!” é candidato a maior embuste do ano nos cinemas.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário