quarta-feira, outubro 09, 2013

Se puder... dirija!, de Paulo Fontenelle ½ (meia estrela)


Para quem conhece e admira o ator Luis Fernando Guimarães pelo seu trabalho marcante em momentos chaves da comédia nacional como o irreverente grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone e o ácido programa televisivo oitentista TV Pirata, chega a ser constrangedor vê-lo participando de uma produção tão inócua, tosca e babaca como “Se puder... dirija!” (2012). Pense no programa cômico mais sem graça da atual programação da televisão brasileira e imagine isso formatado num filme de uma hora e meia (e que parece que tem o dobro do seu tempo), mas com a pretensão de trazer uma lição de moral edificante. E o pior é que nem dá para dizer que de tão ruim chega a ser engraçado. Não, pelo contrário: de tão mambembe, o filme é chato de uma forma excruciante. Basicamente, o filme aparente ser a reunião de sketches humorísticos reunidos num fio de história. Não há unidade na narrativa, a encenação é desajeitada e o elenco está no piloto automático (com o “bônus” de contar com a pior interpretação infantil dos últimos anos). Ah, talvez essa ostensiva falta de inspiração e competência podia ser apenas pressuposto para o uso da tecnologia 3D, mas a trucagem passa praticamente desapercebida. Ou seja, “Se puder... dirija!” é candidato a maior embuste do ano nos cinemas.

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