O diretor Elia Kazan não tinha apenas boa mão para o cinema.
Era também homem de teatro, com experiência e talento para extrair de forma
minuciosa boa parte das nuances dos textos de dramaturgos e escritores. Assim, não
é surpresa que essa sua versão cinematográfica para “O último magnata” (1976)
capte com rara fidelidade a atmosfera cínica e desiludida inerente à obra de F.
Scott Fitzgerald. O registro de tom seco e sóbrio e a abordagem de
distanciamento emocional compõem uma narrativa crepuscular, perfeitamente
adequada para retratar a fogueira de vaidades e ilusões perdidas da década de
1930. Tudo nas escolhas estéticas de Kazan revelam precisão formal e contenção
dramática, mais ainda até em que outras de suas produções de décadas anteriores.
De certa forma, é como se a liberdade e ousadia criativas que marcaram o cinema
da década de 1970 o tivessem influenciado na depuração do seu estilo. Até mesmo
o elenco é um reflexo dessa confluência geracional: veteranos como Robert
Mitchun e Tony Curtis convivem com astros então em ascensão como Robert De Niro
e Jack Nicholson.
3 comentários:
Pena que ele foi um dedo duro na vida real.
Tentei assistir até o fim, mas o sono ganhou, muito chato!
filme lento e arrastado,mas com boa estoria - de niro esta impagavel e o abuso de astros faz desse filme um grande classico....mas nao espere ver um filme objetivo...é um filme para PENSAR!!
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