segunda-feira, dezembro 16, 2013

O último magnata, de Elia Kazan ****



O diretor Elia Kazan não tinha apenas boa mão para o cinema. Era também homem de teatro, com experiência e talento para extrair de forma minuciosa boa parte das nuances dos textos de dramaturgos e escritores. Assim, não é surpresa que essa sua versão cinematográfica para “O último magnata” (1976) capte com rara fidelidade a atmosfera cínica e desiludida inerente à obra de F. Scott Fitzgerald. O registro de tom seco e sóbrio e a abordagem de distanciamento emocional compõem uma narrativa crepuscular, perfeitamente adequada para retratar a fogueira de vaidades e ilusões perdidas da década de 1930. Tudo nas escolhas estéticas de Kazan revelam precisão formal e contenção dramática, mais ainda até em que outras de suas produções de décadas anteriores. De certa forma, é como se a liberdade e ousadia criativas que marcaram o cinema da década de 1970 o tivessem influenciado na depuração do seu estilo. Até mesmo o elenco é um reflexo dessa confluência geracional: veteranos como Robert Mitchun e Tony Curtis convivem com astros então em ascensão como Robert De Niro e Jack Nicholson.

3 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

Pena que ele foi um dedo duro na vida real.

Unknown disse...

Tentei assistir até o fim, mas o sono ganhou, muito chato!

Unknown disse...

filme lento e arrastado,mas com boa estoria - de niro esta impagavel e o abuso de astros faz desse filme um grande classico....mas nao espere ver um filme objetivo...é um filme para PENSAR!!