É complicado e um tanto leviano fazer vaticínios definitivos,
mas me atrevo a afirmar que talvez “O herdeiro do diabo” (2014) possa ser
considerado como um dos pontos mais baixos que o cinema de horror contemporâneo
já atingiu. É o típico exemplar da “esperteza” de produtores – por um lado se
apropria de uma temática, o nascimento do anticristo, bastante batida (ainda
que tenha rendido alguns filmes clássicos como “O exorcista” e “A profecia”) e
por outro usa o recurso estético mais manjado da atualidade, o do registro
audiovisual tosco emulando uma filmagem caseira. Ou seja, a intenção é apostar
na certeza comercial em qualquer direção. E o real problema do filme não é o
fato de que cada trecho do roteiro lembra várias outras obras na linha. O que
realmente incomoda é a direção medíocre de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler
Gillet, incapaz de extrair tensão em qualquer momento, limitando-se a repetir
mecanicamente todas as fórmulas e clichês possíveis inerentes ao gênero. E é
possível ainda que faça o espectador sentir saudade da franquia “Atividade
paranormal” (e olha que isto não representa necessariamente um elogio a esta última....).
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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