O lançamento de um filme brasileiro de gênero, coisa rara
nos dias de hoje, não deixa de ser um fato a ser louvado. Além disso, pode-se
dizer que “Isolados” (2013) apresenta referências promissoras em sua trama: um
casal isolado numa casa no meio do mato e acossado por forças obscuras (“A
morte do demônio”), uma dupla de irmãos caipiras e psicopatas que aterrorizam
nativos e turistas de uma cidade do interior (“O massacre da serra elétrica”) e
alguns elementos dramáticos (delírios, necrofilia, sexualidade reprimida) que
remetem a alguns contos de Edgar Allan Poe. Tudo isso, entretanto, não salva o
filme da irrelevância, fruto da indecisão criativa do diretor Tomas Portela
entre embarcar no puro horror violento e tenso ou buscar uma abordagem séria e
simbolista ao se vincular a uma linha de suspense psicológico. E é nessa última
perspectiva que a produção naufraga, pois as menções que se faz ao passado
obscuro dos principais personagens acabam soando gratuitas e sem sentido nas
resoluções dos principais conflitos e dilemas do roteiro. Além disso, a encenação
concebida por Portela é desajeitada e confusa, o que se agrava ainda com as
interpretações afetadas e pouco convictas do elenco (aliás, afinal, para que
serve a participação de José Wilker no filme?).
Um comentário:
Um filme que ate gostaria de ter assistido mas acabei desistindo devido as péssimas criticas.
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