Esta recente versão cinematográfica das aventuras do Capitão América é praticamente uma resposta aos equívocos que marcaram a produção de “Thor” (2011). Para começar, há um esmero notável na concepção da ação em “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011). A encenação é clara e dinâmica, aproveitando com sensibilidade as influências das HQs sem apelar para aquelas pavorosas seqüências em câmera lenta quase estática (na linha “300” ou “Watchmen”) ou para efeitos especiais estilo borrão. O diretor Joe Johnston revela preferência por um estilo de filmar clássico, com a narrativa sendo marcada por influências retrô, principalmente pela fotografia e direção de arte de tons fortemente estilizados. Tais opções formais mostram uma sintonia admirável da produção com o espírito dos quadrinhos dos quais se original. Ainda quanto a essa questão da relação com os comics, em termos temáticos o filme consegue captar com considerável fidelidade a essência das melhores aventuras do Capitão América. O roteiro até simplifica alguns detalhes interessante da cronologia original do herói, mas mesmo assim são mudanças que se revelam funcionais para a trama. A caracterização do elenco também é acertada, fazendo com que os personagens tenham um caráter icônico muito interessante (afinal, profundidade dramática não é prioridade no gênero dos super-heróis – com exceção de alguns exemplos de destaque, como a recente encarnação do Magneto em “X-Men: Primeira Classe”).
No cômputo geral, “Capitão América: O Primeiro Vingador” é uma experiência tão bem sucedida que faz crescer expectativa pelo filme dos “Vingadores”, ainda em produção.
No cômputo geral, “Capitão América: O Primeiro Vingador” é uma experiência tão bem sucedida que faz crescer expectativa pelo filme dos “Vingadores”, ainda em produção.
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