Não tem como escapar do típico clichê da crítica cinematográfica:
de tão capenga, “Casa da mãe Joana 2” (2013) até consegue ser engraçado. O
diretor Hugo Carvana já é veterano no cinema brasileiro, então não dá para
dizer que desaprendeu a fazer filmes. O que acontece que é o seu estilo soa
datado e pouco fluente, fazendo com que a produção tenha a aparência de algum
sketch do “Zorra total” alongado, ainda que
filtrado por um nostálgico bom humor carioca. É provável que Carvana e equipe
tenham se divertindo na realização, pois a impressão é que não há rigor na
direção. Tudo é muito solto, como um trem desgovernado, dependendo muito mais
de alguma boa intervenção dos atores. O trio de protagonistas
composto por José Wilker, Paulo Betti e Antônio Pedro está longe de ser
inexpressivo, mas a ausência de um direcionamento mais específico resulta em
atuações caricaturais em excesso. No final das contas, a narrativa frouxa e
desajeitada dá um aspecto mambembe para tudo, o que não deixa de angariar
alguma simpatia para o espectador no meio de todas essas comédias assépticas
globais que grassam nos nossos cinemas. Impede, porém, de que “Casa da mãe
Joana 2” seja uma obra memorável.
Um comentário:
Nesse ano o cinema brasileiro teve filmes muitos melhores do que esse ai. Cito bons exemplo como Elena, Esse Amor que nos consome e Boa Sorte Meu Amor.
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