segunda-feira, outubro 21, 2013

Lovelace, de Rob Epstein e Jeffrey Friedman **


É impossível não pensar na obra-prima “Boogie Nights” (1997), uma espécie de cinebiografia disfarçada do astro pornô John Holmes, quando se vê “Lovelace” (2013), outra cinebiografia, só que autorizada, da vida de Linda Lovelace, a estrela do clássico “Garganta profunda” (1972). Mas se o filme de Paul Thomas Anderson era um épico sórdido sob o submundo da indústria pornográfica setentista, tomado por uma atmosfera hedonista e formalismo virtuoso, esse trabalho dos diretores Rob Epstein e Jeffrey Friedman assume um direcionamento bem frustrante. Por vezes, até se evoca algo da estética exagerada e cafona dos anos 70, mas nos geral “Lovelace” mais parece um telefilme mofado e bem-comportado. De certa forma, dá para dizer pelo menos que tal abordagem se revela em sintonia com o roteiro da produção, moralista até a medula.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Pensei imediatamente Boogie Nights e percebo como Lovelace foi um tanto que conservador