“Planeta dos macacos: A origem” (2011) abria horizontes
promissores para que a franquia dos símios voltasse a se desenvolver de forma
interessante e com certa constância (se bem que sou daqueles que acha bem
divertida a versão concebida por Tim Burton em 2011). O filme de Rupert Wyatt
apresentava uma perspectiva contemporânea e renovada para a saga da ascensão
dos macacos como os novos donos do mundo, combinando roteiro eficiente,
personagens carismáticos e boas cenas de ação. Em “Planeta dos macacos: O
confronto” (2014) todas essas boas idéias e concepções, entretanto, acabam
caindo por terra diante de uma abordagem politicamente correta em demasia que
acaba sacrificando até o ritmo da narrativa. Há uma preocupação excessiva em
humanizar tanto os macacos como os próprios humanos!! O resultado é uma obra
que a cada 5 minutos tem alguma seqüência envolvendo alguma lição de vida ou um
personagem chorando e se lamentando. Ou seja, nada daqueles macacos durões que
desciam o cacete nos incautos humanos como ocorria nos filmes clássicos da série,
e dá-lhe macacos em dúvidas existenciais entre conviver na boa com humanos sacanas
e preconceituosos ou partir para a guerra contra eles. Sintetizando: é como se
tivéssemos a versão emo de “O planeta dos macacos”....
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